Desejo falar um pouco sobre a contribuição financeira. Não iremos elencar os princípios teológicos e históricos, mas sim refletir um pouco sobre a prática bíblica em relação à contribuição.
A igreja como instituição necessita de dinheiro para seu sutento administrativo. Isso é um fato incontestável. Porém a forma bíblica de se contribuir deve estar centrada no amor de cada crente. É necessário que o desejo de contribuir seja motivado por amor e não por egoísmo ou "desafio de fé" que demonstra nítidamente uma barganha com Deus.
Nos dias de Paulo a coleta era feita no primeiro dia da semana e cada um contribuia de acordo com suas posses. (1 Co 16.1-3). E o interessante é que a contribuição tinha uma finalidade principal. Suprir as necessidades dos mais pobres. Nessa época ser pobre ainda não era sinônimo de "falta de fé" ou "pecado". Hoje há muitas igrejas ricas e muitos pobres dentro dela sem a devida assistencia social e espiritual.
Exercer o ministério da contribuição é uma dádiva preciosa. Todos os crentes precisam entender que devemos contribuir com alegria. Mas infelizmente muitos estão exagerando e extorquindo os fiéis com promessas mirabolantes de carro, riquezas em troca de ofertas. São muitos os que desejam de forma egoísta realizarem grandes empreendimentos e sobrecarregam a igreja com altas somas de contribuições. Apelam pra todo tipo de misticismo, vendem essa ou aquela coisa ungida em troca da prosperidade financeira advinda de contribuições.
Vamos contribuir sim, mas com amor e alegria. Vamos contribuir com sinceridade na alma e com demonstração de gratidão ao Senhor por tudo quanto ele nos tem proporcionado.
Valdeci do Carmo