quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

RESTAURAÇÃO FINANCEIRA

PRINCÍPIOS QUE NORTEAM A RESTAURAÇÃO FINACEIRA
Texto base II Sm 9.7


Introdução

Vivemos dias atribulados e de grandes apertos financeiros. Sem dúvida o marketing irresponsável e selvagem tem arrebatado de uma forma avassaladora os incautos, levando-os a viverem em fracasso, deprimidos, escravizados por altas taxas de juros.

O crédito fácil e a compulsão para comprar têm jogado inúmeras pessoas nas sarjetas de proteções ao crédito, SERASA, SPC. Muitos são intimidados pelos agiotas e não encontram saídas para os seus problemas financeiros.

Empréstimos consignados, troca de cheques, crédito especial (especial só para os bancos), só serviram pra levar a muitos ao mais profundo desespero e endividamento impagável.

Neste contexto de miséria, aparecem as soluções milagrosas através dos predadores, digo pregadores de plantão, cujo objetivo é prover soluções mirabolantes mediante uma pequena e singela contribuição. Sem raciocinarem direito e já machucados pela tão conturbada situação em que se encontram, aceitam sem questionar o “desafio” de darem o que não tem para assim terem as portas dos céus abertas para eles. São tantas promessas... Vale a pena uma “fezinha”, afinal os abençoados mercenários, digo atalaias possuem a fórmula mágica e são homens acima de qualquer suspeita, só de chegar a pensar mal da sua extorsão, ou melhor, pregação, já está incluso dentro do campo da murmuração e por isso perderão a tão almejada solução financeira e se não pedirem perdão, podem dar adeus também a salvação.

Infelizmente isso é uma realidade, todavia isso só acontece porque foi esquecida a forma como a Bíblia nos orienta acerca de nossa conduta no dia a dia, bem como o procedimento cristão que deve nortear todas as nossas decisões, incluindo como gastamos nosso dinheiro e a forma como adoramos ao Senhor.

Proponho aqui alguns princípios que, se observados poderão ajudar a muitos que estão na busca de uma vida financeira equilibrada e mais feliz.

Teologia da Prosperidade x Teologia da Miséria

Não podemos ensinar que todos os crentes podem ser ricos e nem tampouco que todos tem que ser pobres. A prosperidade financeira envolve um conjunto de princípios, de formação, de oportunidades aproveitadas. Devemos ser gratos a Deus pelo que Ele tem nos dado(Pv 30.8b; Hb 13.5).

Princípios da Verdadeira Prosperidade de Forma Bíblica

A obediência a Deus é o caminho para que as portas para suprir as nossas necessidades financeiras sejam abertas (Sl 112. 1-3). Mesmo que os ímpios prosperem mais do que nós, devemos abalizarmo-nos nas palavras de Asafe (Sl 73.23-28).
Somos filhos e herdeiros das riquezas divinas (Rm 8.17; Tg 2.5), os ricos deste mundo também devem se enquadrar nos mesmos princípios de adoração e obediência ao Senhor (1Tm 6.18-19). Em Dt 28.1-14 encontramos as bênçãos resultantes da fidelidade ao Senhor.

Planejamento Financeiro

Planejar não é pecado. Devemos organizar nossas finanças para não gastarmos desnecessariamente. O princípio da economia tem que entrar na mentalidade dos cristãos atuais. Muitos não economizam em nada em suas casas. São sobras de alimentação jogadas no lixo e o desperdício se torna grande afetando então o salário final da família.

Quando uma grande multidão foi alimentada por Jesus Ele mandou que guardasse o que sobrou (Lc 9.12-17; Jo 6.12). Se fosse nos dias modernos, com certeza muitas donas de casa já teriam jogado o que havia sobrado fora.

Outra coisa que devemos ter em mente é o estabelecimento de prioridades financeiras. Tem que haver uma boa distribuição do que ganhamos. Muitos ganham muito e não fazem nada, não conseguem economizar nem 10% ao mês.

Ser econômico não é ser avarento. Fazer economia é saber gastar com sabedoria aquilo que o nosso trabalho nos proporciona no dia a dia. Nunca deve gastar mais do que se ganha. Nunca comprar se não haverá como pagar. Evitar comprar coisas supérfluas ou além de nossas possibilidades.

A esposa não deve competir com outras mulheres que possuem um nível aquisitivo melhor. Cada um deve viver como pode sem se envolver em gastos excessivos que irão gerar dívidas e transtornos a todos.

Infelizmente, o fracasso financeiro de grande parte das famílias é devido a dois fatores: vaidade e desperdício.

Evite o Consumismo

O desejo desenfreado de comprar é uma compulsão que tem arrasado a vida financeira de uma família. Compramos influenciados pela mídia. Pela apelação do momento, por uma falsa sensação de bem – estar.

Um cristão que age assim falta-lhe o fruto do Espírito que gera em nós o domínio próprio.

As propagandas chamativas de parcelas longas e prazos na entrada, normalmente é recheado de armadilhas para “fisgas os clientes”, e ao comprar está embutido um juro exorbitante. Tome cuidado com estas ofertas mirabolantes, o dia de pagar chega.

Use a razão ao invés do calor emotivo do momento. Primeiro pague uma dívida contraída para depois fazer outra.

Não seja escravo financeiro, pois se perde a paz, o diálogo em família e em muitos casos até a comunhão com Deus.

Dificilmente alguém que contrai empréstimos financeiros, principalmente os consignados, conseguem se livrar deste vício. Torna-se escravo e trabalha a vida inteira para pagar os seus credores.

O segredo do sucesso financeiro não está na quantidade que se recebe por mês, mas no tanto que a pessoa consegue economizar.

Contribuindo Com Sinceridade

Para nós, crentes em Jesus, temos uma outra perspectiva daquilo que o Senhor nos confia e dentro deste contexto sabemos que as primícias de tudo o que ganhamos pertencem ao Senhor (Pv 3.9).

O dízimo feito com amor é um exercício sadio da nossa mordomia cristã. Malaquias 3.10 adverte-nos sobre a importância de entregarmos os dízimos ao Senhor.

O crente dizimista ora a Deus sem culpa e com uma consciência tranquila. Se formos fiéis ao Senhor e à Sua obra, podemos orar com plena convicção de que ele suprirá todas as nossas necessidades (Fp 4.19).

Lembrando que a contribuição financeira deve ser feita com amor e não por constrangimento ou intenção de salvação. Contribuímos por amarmos a obra de Deus. Os nossos dízimos são entregues porque sabemos que é um meio necessário de prover as necessidades da obra do Senhor.

A Restauração na Vida de Mefibosete

A Bíblia está repleta de história de personagens que tiveram as suas vidas mudadas por Deus.

Saliento que, estas transformações súbitas nas vidas dos personagens não estão ligadas a contribuições financeiras. No caso em questão o que ocasionou a mudança na vida de Mefibosete foi o grande amor de Davi por Jônatas.

O Nome

O nome é o que o indivíduo possui de mais particular, o nome sempre expressa o desejo de quem o coloca, ninguém coloca nome pejorativo no filho estando em são juízo. O verdadeiro nome de “batismo” deste jovem de história sofrida era Meribe – Baal (1 Cr 9.40), que significa aquele que combate contra Baal, ou “combatente contra Baal”. Só pelo nome percebemos o propósito de o colocarem, ele nasceu para ser um herói, uma pessoa corajosa, um guerreiro a favor do povo de Israel. Mas aconteceu uma fatalidade em sua vida, segundo Samuel capítulo 4.e versículo 4 registra a triste calamidade ocorrida na vida deste moço. Daí em diante ele passa a ter um nome que reflete o seu estado de miséria, Mefibosete, cujo significado é, portador de vergonha ou aquele que espalha vergonha, um vaso esquecido.

Quantos estão como Mefibosete, jogados, parados, prostrados ao chão sem forças e sem esperança para prosseguirem, mesmo sabendo que nasceram para serem abençoados e prósperos diante de Deus e dos homens.

O Lugar de Moradia

Uma pessoa que nasceu tendo as melhores perspectivas de vida, agora mora em um lugar chamado Lo-Debar que significa “sem pastagens, lugar onde não se planta e nem se colhe nada”.

A Mudança

Davi, em seu momento de reflexão quanto ao passado se lembra de Jônatas, e pergunta se ainda existe alguém vivo. Ao saber de Mefibosete Davi manda buscá-lo rapidamente. E restitui-lhe tudo e ainda o convida para comer na presença do rei. (II Sm 9.13)

Conclusão

Existe um Deus no céu, que enviou o Seu único filho para nos tirar do Lo-Debar espiritual. Jesus Cristo por Seu infinito amor quer devolver-nos o que perdemos em nossa caminhada. Deixe o Senhor restituir o que você precisa. O projeto de Deus continua de pé, o que está arquitetado pelo Todo-Poderoso não foi posto por terra. Hoje é dia de restauração. O senhor não te quer alimentando-se das bolotas dos porcos Ele tem coisa melhor, mas a decisão de sair do estado em que você se encontra deve ser sua.

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